Um caminho dentro do metrônomo

Como pode caber nesse mundo
Um Ser
Que na ciência esmiúça os sentidos,
Que na arte reinventa a vida,
E, no tempo, multiplica a língua que também se multiplica?
Como é possível verdadeiramente saber algo
Se mesmo depois de Athena, Platão e Ovídio
Maior do que os ensinamentos
Parece
Ser
O Mito?

Trânsito entre os tempos
Em busca de errar menos
Mas a própria ciência diz
Que nem tudo é métrico.

trânsito entre os tempos
e a grande Arte aparece
sempre ao Ser como um
cântico sagrado.

Mas há tempos
Que os sábios pedem licença para falar.
Há tempos que a ciência desafia os limites
Do saber.
Em meio à tudo, forças superiores a ciência, a arte e a filosofia
Nos inspiram a humildade.

Bendito seja o tempo
Que pode
Nos livrar
Sempre
Do pior
De nós mesmos.