Soneto depois da virada

O nascente ano vem florescer no mar.
Poeta que se banha com a Deusa morena
Sabe que o hidrogênio dança com o ar.


O dia evoca qualquer outra formação.
Aqui, não há Sereia a solfejar poesia
O canto é da noite que canta em ação.


É ao cantar que o se é oferenda.
Cante! Pois o tempo já acontece.
A vida só canta para que entenda
Que no canto, o amor amanhece.


Novo tempo para sobrepor imundos.
Faça o mundo agora no primeiro mês!
A década pinta séculos por segundos
E no cantar, a poeta nasce outra vez.